Então na sexta-feira à noite fui até ao Lago, tomar banho não faz parte da rotina, mas encher o Paddle e ir dar uma voltinha na água é muito agradável, principalmente nos fins de tarde escaldantes.
Lá estive a dar à bomba, para cima e para baixo, sim porque qualquer pessoa que se preze não vai comprar uma bomba eléctrica. O verdadeiro desportista dá cabo do bracinho já a dar à bomba para encher o Paddle.
Meia hora depois, sim porque são 15 psi ou 1 bar (mema coisita ou como preferirem) lá estava prontinha para a água.
Pego no Paddle, caminho para a beira do lago, está um bocadinho de vento, analiso a coisa com o dedo no ar (como se percebesse alguma coisa de vento e direção do vento…).
Pequena dança artística a virar o paddle de um lado para o outro, lá o pouso na água, mas quase que molho a cueca, porque decidi que não valia o trabalho de trocar para o biquíni. A minha irmã amonta lá para a frente do paddle e eu percebo logo que fui uma tonta de enganar os 15psi/ 1 bar, sim porque eu não dei ao braço até ao fim, aldrabei só um bocadito.
Lá vamos nós e a minha irmã pergunta:
– Achas que vamos conseguir, com este vento não devíamos voltar para trás?
Ora pois, o meu dedito no ar deu-me a entender que o ventinho estava de favor e até ia ser mais fácil:
– Vamos, vamos!
100 míseros metros depois percebo que, se não conseguir mudar de direção vou contra a mini ilha de arbustos, lá tento! Não consigo e o vento puxa-me contra as estacas de madeira que fazem uma vedação a proteger a costa.
A minha companhia farta-se dos meus esforços fracassados e trocamos de posições, na esperança de melhor sucesso (ou que ela tenha mais força do que eu). Penso se deveria nadar, para aliviar o peso no paddle, desisto da ideia porque sou uma péssima nadadora e não quero molhar a cueca.
Afastamo-nos 10m da vedação, mas o vento sopra agora ainda mais forte. Continuamos as duas calmas, mas apenas porque sabemos que ficar nervosas não nos vai resolver a situação e lá vamos de novo contra a vedação.
Por sorte, estavam umas senhoras num jardim privado que nos viram aflitas, que devem conhecer bem as birras do lago e fizeram-nos sinal para sairmos pelo jardim delas.
Com grande esforço de uma a remar e a outra a empurrar nas estacas de madeira lá chegamos a porto seguro.
Eu é que não volto mais para a água se está vento!
E 5 minutos depois, ainda estávamos ao pé das Senhoras simpáticas, dois miúdos num paddle ficam encalhados no mesmo sítio que nós, lá voltam as Senhoras a fazer sinal para eles virem em direção ao jardim delas e saírem do lago por ali.
Eu olho para eles, eles estão a vir, só que eles estão a caminhar na água… Sim, porque encostados às estacas, ao longo da vedação há sempre pé!
E tendo em conta a minha altura, acho que até a minha cueca se tinha salvo…
A passear no lago (noutro dia qualquer… e nem sou eu)!!